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Extrativismo
não é solução para a Amazônia
A retirada de produtos da floresta, como a seiva da seringueira e a
castanha-do-pará, não são economicamente viáveis a longo prazo. Essa é a
opinião do engenheiro agrônomo da Embrapa Alfredo Homma, que há mais de 30 anos
estuda a economia rural na Amazônia.
Segundo o
pesquisador, os produtos extrativistas (retirados da natureza) tendem a ser
“domesticados” em plantações quando a procura por eles é muito forte. “Na
natureza há um determinado número de seringueiras, castanheiras. Para um
seringueiro cortar (retirar seiva de) 450 árvores, precisa trabalhar em um
espaço de 300 a 500 hectares. Essa mesma quantidade de seringueiras você pode
plantar em um campo de futebol”, explica.
Para
Homma, produtos retirados da floresta, como a castanha-do-pará, tendem a ser
plantados e ter maior rentabilidade. Isso faz com que reservas criadas para a
extração desses produtos tornem-se economicamente inviáveis, segundo o
pesquisador.
(...) Para
Homma, o fim do extrativismo é algo natural, pois a produtividade desse tipo de
atividade é muito baixa, e tende a não dar conta da demanda. (...) Outro
problema, segundo o engenheiro agrônomo, é que os produtos retirados da mata
podem ser trocados por substitutos artificiais. “O pau-rosa, por exemplo, foi
substituído pelo linalol sintético, originário do petróleo. Na borracha, dois
terços do consumo mundial é da borracha sintética.”
Mais
plantações
A solução para
a agropecuária na Amazônia, segundo Homma, é aproveitar melhor o espaço que já
foi desmatado plantando espécies que hoje são retiradas da floresta. Isso
protegeria a mata e ao mesmo tempo evitaria o colapso econômico que poderia vir
com o fim do extrativismo.
“Muitas
plantas da Amazônia já estão começando a ser cultivadas. Noventa por cento do
cupuaçu, por exemplo, já é plantado. Também é o caso do jaborandi. Hoje a Merck
(empresa do ramo farmacêutico) tem uma plantação de 500 hectares em Barra do Corda,
no Maranhão, e não compra mais jaborandi extraído da floresta.” (...)
Disponível em: <http://www.globoamazonia.com>. Acesso em: 13 maio 2013.
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